Estamos nos aproximando do período de declaração de Imposto de Renda. Você já reservou alguns instantes para cobrar sua empresa do demonstrativo de rendimentos? Já separou todas as notas de despesas médicas? Notas relacionadas a estudos seus ou de dependentes? Já caiu na malha fina e ficou apavorado? Ou pior, contava com a restituição do imposto do ano anterior e esta não ocorreu? Já pensou quais podem ser os efeitos psicológicos da desorganização contábil e financeira?
De acordo com alguns especialistas, viver em meio à desorganização, contábil ou financeira, gera estresse e perda de tempo. As dores de cabeça causadas pelas preocupações com declarações e organização de documentos interferem diretamente no bem-estar e na qualidade de vida.
Ser organizado facilita o trabalho do cérebro. Quando se vive em meio à desorganização, nosso cérebro consome muito tempo processando lembranças e tentando criar uma lógica para respostas. A procrastinação faz com que muitas de nossas atividades sejam empurradas com a barriga e tarefas importantes sejam deixadas para última hora. Com isso, a ansiedade aumenta e até mesmo sinais de síndrome do pânico podem aparecer .
Quais os efeitos psicológicos da desorganização
O estresse perene, ainda que sutil, potencializa a hipertensão, aumenta a taxa de mau colesterol, favorece o tabagismo, o diabetes e o sedentarismo, fatores de risco para doenças cardíacas.
O estresse e ansiedade estão relacionados a distúrbios do sono, problemas digestivos, obesidade, problemas cardiovasculares, além de doenças autoimunes e cânceres. Esses são apenas alguns efeitos psicológicos da desorganização.
Indivíduos desorganizados com sua contabilidade e também com suas finanças pessoais, costumam comprometer a tranquilidade sua e da família. Vivem sob uma corda bamba, com o risco de entrar no cheque especial, no rotativo do cartão de crédito e até mesmo de contrair dívidas com agiotas. O descontrole pode ainda refletir estados de desorganização mental, e até mesmo sinalizar, ou causar, um quadro de depressão.
Como sair do círculo vicioso?
Atitude e motivação são fundamentais. Decidir tornar-se um indivíduo mais organizado pode ajudá-lo a ter uma vida mais equilibrada e saudável.
E já que estamos falando de contabilidade e imposto de renda, o primeiro passo pode ser contratar um contador em quem você possa confiar. Um bom profissional de contabilidade irá ajudá-lo a organizar suas contas, guias de impostos e tributos a serem pagos. Com a evolução da tecnologia, startups como a Conube surgem para facilitar a vida do usuário e ajudar a minimizar os efeitos da complexidade contábil de nosso país. Além disso, aplicativos como o Trello ajudam a organizar a vida como um todo.
O problema é comportamental? Um processo de coaching financeiro ou mesmo algumas sessões de terapia são recomendadas para a transformação de alguns hábitos. Um bom coach pode trabalhar com o coachee questões como gerenciamento do tempo, planejamento e agenda. Além disso, também pode estabelecer métricas de poupança e investimento.
Um psicólogo por sua vez irá trabalhar pontos como os gatilhos que levam à procrastinação, à desorganização e até mesmo entender se existem outros fatores emocionais que estejam levando o indivíduo para um estágio crítico que possa comprometer sua saúde e até mesmo da família e pessoas ao redor.
Em algum lugar vale adicionar algo sobre priorização. Atualmente, em função das novas tecnologias, acabamos lidando com um volume altíssimo de informações e coisas para fazer. Assim, priorizar o que é mais importante é uma tarefa essencial para se tornar um sujeito mais organizado.
* Tatiana Pimenta, Ceo e Fundadora da Vittude, startup focada em coaching e psicologia. A Vittude é uma plataforma que conecta psicólogos com pacientes que estão em busca de terapia e coaching.